Representantes da microrregião querem retomada do atendimento oncológico em Muriaé 6a3ec

Durante uma audiência pública, os representantes am uma carta de manifesto exigindo a medida 634q3v

Representantes da microrregião querem retomada do atendimento oncológico em Muriaé
Câmara de Viçosa/divulgação

A Câmara Municipal de Viçosa realizou, na noite de quarta-feira, 28 de maio, uma audiência pública para debater a possível retomada da pactuação entre Viçosa e os municípios da microrregião com o Hospital do Câncer de Muriaé – Fundação Cristiano Varella. A reunião foi proposta pelo vereador Raphael Gustavo dos Santos (PSD), com o objetivo de garantir o o dos pacientes oncológicos da região a um dos centros de tratamento de câncer mais estruturados do país.

Estiveram presentes no plenário representantes da Fundação Cristiano Varella, vereadores de Viçosa, secretários municipais de saúde de cidades vizinhas, ex-pacientes, familiares e membros da sociedade civil. O deputado estadual Grego da Fundação (PMN) estava entre as autoridades presentes.

O foco principal da audiência foi a reorganização do atendimento oncológico na microrregião, que desde junho de 2023 ou a ser realizado em Ponte Nova, após a habilitação do Instituto de Oncologia do Hospital Nossa Senhora das Dores, conforme a Deliberação CIB-SUS nº 4149, de 19 de abril de 2023.

Com essa mudança, serviços como quimioterapia, radioterapia, cirurgias e exames de imagem, que antes eram ofertados em Muriaé, aram a ser referenciados exclusivamente para Ponte Nova. Para o vereador Raphael, essa alteração comprometeu significativamente o atendimento aos pacientes da microrregião. “É de conhecimento geral que a unidade de Ponte Nova não possui estrutura suficiente para absorver toda a demanda oncológica da nossa região. Isso tem causado atrasos, interrupções no tratamento e sofrimento para pacientes e suas famílias”, afirmou.

Ezabely Lopes, ex-paciente oncológica de 28 anos, compartilhou sua experiência enfrentando um linfoma de Hodgkin em estágio avançado. Após o diagnóstico em Viçosa, ela disse que foi encaminhada para o serviço oncológico de Ponte Nova, onde foi informada de que seu caso não seria tratado.

Com urgência, conseguiu iniciar a quimioterapia em Muriaé, 15 dias após o diagnóstico, ressaltando que essa agilidade foi essencial para sua sobrevivência. Ezabely criticou a falta de estrutura e acolhimento em Ponte Nova, onde tratamentos como a quimioterapia precisam ser feitos em outras cidades, como Ipatinga. Ela elogiou o atendimento humanizado recebido no hospital de Muriaé.

Grego afirmou que o retorno do atendimento à FCV, de Muriaé, depende apenas da vontade dos prefeitos. “Eles precisam autorizar os secretários a pautar o tema nos conselhos municipais de saúde e no Cosems. Se houver essa vontade política, a mudança pode ser revertida rapidamente”, garantiu. Ele ainda prometeu levar essa mensagem a todas as cidades da microrregião, se convidado.

Ao final da audiência pública, os presentes am uma carta de manifesto exigindo a retomada do atendimento oncológico em Muriaé. No documento, os gestores expressam insatisfação com a atual referência oncológica em Ponte Nova, apontando dificuldades de o, aumento no tempo de deslocamento, custos adicionais para pacientes e seus acompanhantes, além do comprometimento da continuidade e integralidade do tratamento, contrariando os princípios do SUS.

Nenhum representante do Hospital Nossa Senhora das Dores, de Ponte Nova, esteve presente na audiência de quarta-feira. No entanto, no último dia 19, eles participaram da reunião da Câmara para tratar do assunto. Confira AQUI.

A audiência completa pode ser ada AQUI.

Fonte: Câmara de Viçosa